quarta-feira, 11 de julho de 2018

SUBSISTEMA DE CONJUNTO MÓVEL

SUBSISTEMA DE CONJUNTO MÓVEL

 Os componentes deste sistema se conjugam entre si para transformar a
energia calorífica, resultante da queima da mistura, em energia mecânica capaz de
efetuar trabalho.

 Os componentes que fazem parte deste sistema são:

3.1- ÊMBOLOS
 O êmbolo é o componente responsável por transmitir a força da expansão dos
gases no cilindro para a árvore de manivelas através da biela.
 Possui as seguintes características:
• baixo peso para se mover com facilidade;
• alta resistência;
• rápida dissipação de calor.

3.1- Constituição
 O êmbolo é fabricado em liga de alumínio e tem forma cilíndrica, sua parte
superior é fechada e a inferior é aberta. Suas partes principais são:
 A cabeça do êmbolo é a região que mais se aquece e recebe a força de
expansão dos gases da combustão. Pode ter superfície plana, côncava ou convexa.
 Na lateral, ficam as canaletas que alojam os anéis, chamada zona de anéis.
 Já na parte inferior, fica a saia que serve de equilíbrio para o êmbolo no seu
movimento de subida e descida. Em seu interior, possui um anel chamado de
autotérmico, que tem a função de controlar a dilatação do êmbolo, quando o mesmo
se aquece com o funcionamento do motor.
 O êmbolo tem a propriedade de ser cônico para que, quando for aquecido, se
torne cilíndrico e sua lateral totalmente reta, causando a vedação da mistura
ar/combustível.
 No caso do pino, este é fabricado em aço especial, tratado para garantir alta
resistência ao desgaste. Este pino é descentralizado para eliminar a possibilidade de
que a saia do êmbolo bata contra o cilindro do bloco.
 Existem vários tipos de fixação do pino no pistão:
Em alguns motores, os pistões trazem em sua saia uma camada de grafite
que proporciona um menor desgaste, durante a fase de aquecimento, e um menor
nível de atrito e ruído.
3.1.2- Anéis de segmento
 Os anéis de segmento são instalados na cabeça do êmbolo, possuem forma

circular e são fabricados em ferro fundido ou aços especiais.
 Os anéis cumprem as seguintes funções:
• vedação, impedindo a saída da mistura na compressão e dos gases na combustão;
• dissipação do calor, fazendo-o passar dos êmbolos para os cilindros e, daí, para o
sistema de arrefecimento.

3.1.2.1- Tipos de anéis de segmento
Existem dois tipos de anéis de segmento:
• de compressão (vedação);
• raspadores e recolhedores de óleo.
Os anéis de compressão são revestidos de cromo ou molibdênio, que lhes
confere maior resistência ao atrito e à abrasão, principalmente no período de
amaciamento do motor.
Estes anéis são instalados nas duas primeiras canaletas superiores do
êmbolo. Causam a vedação entre êmbolos e cilindros, o que garante a compressão
da mistura, e evitam a passagem de gases das câmaras de combustão para o cárter
e do óleo do cárter para as câmaras.
Os anéis raspadores e recolhedores de óleo têm como principal função raspar
o excesso de óleo da parede do cilindro e drená-lo, em direção ao cárter do motor.
Desta forma, asseguram uma película de óleo adequada, suficiente para lubrificar os
anéis de compressão.
Estes componentes não requerem manutenção, somente a troca no
recondicionamento do motor.

3.2- BIELAS
 Componente do motor, construído de aço-liga, que transmite os movimentos
retilíneos alternativos dos êmbolos às manivelas da árvore de manivelas.

A biela é composta por:
 No pé da biela é preso o pino, que também é ligado ao êmbolo. Nele é
colocada uma bucha de bronze que se ajusta ao pino quando o conjunto é montado.
 Quando da manutenção da biela, a bucha é sempre inspecionada.
 A cabeça da biela é dividida em duas partes e se acopla ao moente da árvore
de manivelas. Em ambas as partes, são montados casquilhos para o assentamento
do moente.
 A biela tem um corpo, que é sua parte média, com perfil em l, para aumentar
sua rigidez e diminuir o peso. Em alguns tipos existe um orifício interno para
conduzir o óleo lubrificante.
Existem dois tipos de biela quanto à maneira de fabricação:
3.2.1- Vantagens do craqueamento:
• Produz-se uma superfície de fratura inconfundível. Dessa forma, a biela e sua
capa somente se encaixam caso pertençam ao mesmo conjunto;
• Método de fabricação mais barato;
• Ajuste perfeito das folgas.

3.3- CASQUILHOS
Os casquilhos servem de guia e apoio para os órgãos giratórios em regime de
velocidade e cargas elevadas. Estes componentes possuem na sua superfície um
material especial antifricção, para reduzir o atrito, desgaste das peças e possíveis
grimpamentos.
O casquilho é constituído basicamente de:
Nos motores, estes componentes são empregados na árvore de manivelas e,
em alguns modelos, nas árvores de comando de válvulas.
O ressalto de localização evita que o casquilho se desloque lateralmente,
quando o órgão apoiado nele gira. Na parte central está o canal de lubrificação de
óleo, onde o óleo é distribuído mais rapidamente pelo casquilho. Junto do canal
existe um orifício que serve de passagem para que o óleo atinja o elemento móvel
apoiado no casquilho.
Os casquilhos são vendidos em jogos e só são removidos quando o motor
apresenta irregularidade, como batida interna ou lubrificação deficiente.

3.3.1-Tipos de Casquilhos
• Casquilhos para assentamento das bielas aos moentes da árvore de manivelas;
• Casquilhos para assentamento da árvore de comando de válvulas;
• Casquilhos com flange de encosto para ajustar a folga axial da árvore de
manivelas;
• Casquilhos inteiriços, também conhecidos como bucha;
• Casquilhos do munhão da árvore de manivelas.

3.4- ÁRVORE DE MANIVELAS
 É um dispositivo mecânico que permite fazer a rotação de um eixo usando
menor esforço através de uma alavanca. A árvore possui diversas manivelas,
dispostas em ângulos diferentes, para que possa manter o equilíbrio do componente
quando está em rotação.
 A árvore de manivelas é assentada em casquilhos, para possibilitar o mínimo

possível de desgaste na mesma.
 Os munhões são os locais onde a árvore se apóia ao bloco do motor e os
moentes são os locais onde as bielas são presas.
 O rolamento de agulha, ou bucha, é localizado na parte traseira da árvore e
serve de apoio à árvore primária da caixa de mudanças. Já o flange traseiro serve
de apoio e encosto para o volante, que é fixado à árvore de manivela com
parafusos.
 No interior da árvore, temos orifícios de lubrificação que permitem a
passagem de óleo para lubrificação dos munhões e moentes.
A árvore de manivelas tem uma série de características para possibilitar um
funcionamento correto:
• deve ser feita de aços especiais que garantam uma resistência, de acordo
com a potência do motor;
• não deve ter cantos vivos onde possam aparecer trincas, elas são prejudiciais
para o motor, com o tempo poderiam causar a ruptura da árvore. Assim, deve
apresentar raios de concordância adequados, que provoquem um
arredondamento nos cantos e garantam maior resistência.

3.4.1- Tipos da Árvore de Manivelas
 A manutenção deste componente é feita pela retífica no momento em que se
faz uma reforma no motor. Os munhões e moentes possuem medidas padrões e, a

partir delas, serão feitas as retíficas da árvore.

3.5- BLOCO DO MOTOR
 É um dos principais componentes do motor, tem a função de alojar a maioria
dos componentes e dar sustentação ao motor. Os blocos são fabricados em ferro
fundido e ligas ou em alumínio e ligas.

 Os cilindros podem ser usinados diretamente no bloco do motor, ou
separados. Quando são usinados no bloco são chamados de cilindros e quando
são separados são chamados de camisas.
 Quando são usadas camisas elas podem ser molhadas ou secas.
- secas               - molhadas
 A operação de acoplamento da camisa no bloco chama-se encamisamento.
 As camisas podem ser retificadas até uma certa tolerância, passando a receber
êmbolos e anéis sob medida, os chamados kits.
 No caso dos cilindros, a partir da retífica também passam a receber êmbolos
e anéis sob medida.

3.5.1- Tipos de Bloco
• em linha;
• em v;
• radial;
• com cilindros opostos.
A manutenção do bloco também é feita com a retífica do motor.

3.6- VOLANTE DO MOTOR
 Este componente é preso ao flange traseiro da árvore de manivelas. Possui
em sua superfície uma cremalheira de aço, onde se engrena o pinhão impulsor do
motor de partida nas primeiras rotações.
 Tem as seguintes funções:
• acoplar a embreagem;
• dar impulso ao motor para partida;

• compensar os tempos improdutivos do motor.
platô de embreagem é fixado ao volante, onde mantém o disco de
embreagem pressionado ao mesmo. Com o giro do motor, o volante adquire uma
energia, chamada cinética, no tempo produtivo (combustão), a qual é utilizada nos
momentos improdutivos para manter o motor com uma rotação constante. Devido a
isso é uma das peças mais pesadas do motor e leva alguns rebaixos para
balanceamento.
Uma das preocupações constantes dos fabricantes são as oscilações geradas
pelas combustões pulsantes sobre a árvore de manivelas que, devido a ligação com
a transmissão através da embreagem, leva essas vibrações para a transmissão, que
resultarão em ruídos e desgastes a longo prazo dos componentes do motor,
embreagem e transmissão.
Pensando em evitar que estas oscilações sejam transmitidas, foi incorporado
junto do volante um conjunto amortecedor de vibrações, onde o volante passa a ser
chamado de “volante bi-massa”.
Com a estrutura tradicional, todas as vibrações produzidas pelo motor são
transmitidas para o conjunto.
Com o uso do volante bi-massa, quase toda oscilação do motor é absorvida e
não transmitida ao conjunto.
 As vantagens do volante bi-massa são:
• elevado conforto de condução;
• absorção de vibrações do conjunto moto-propulsor;
• absorção de ruídos;
• redução do consumo de combustível por suavizar a utilização do motor nos
regimes mais baixos de rotação;
• menor desgaste nos sincronizadores.

3.7- CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DO MOTOR
O motor pode ser descrito pelas suas diversas características de construção e
desempenho, que não devem sofrer grandes alterações após seu
recondicionamento.

Essas características são:

3.7.1- Cilindrada
É o volume do cilindro compreendido entre o PMS e o PMI. Nos motores a
gasolina e a álcool é o volume máximo de mistura que entra no cilindro. A unidade
de medida é o cm3, l ( 1l = 1000 cm3)

V = π . r2 . h . n
3.7.2- Relação de Compressão (Taxa)
É a razão entre o volume do cilindro situado acima do PMI e aquele que fica
acima do PMS.
Rc = V + v
            v
 A relação de compressão (RC) indica quantas vezes a mistura é comprimida
quando o êmbolo passa do PMI ao PMS. Quanto maior a RC, maior a potência do
motor. Os motores a álcool possuem uma relação de compressão maior que os a
gasolina, devido às características do combustível.
 A unidade de medida é uma relação entre volumes e é dada por um número.
Exemplo: 8:1

3.7.3- Torque
 A palavra torque quer dizer torção. O torque depende não só da força que é

aplicada, como da distância que funciona como braço de alavanca dessa força.
Torque = força x distância
As unidades de medida são:
mkgf = metro-quilograma-força

Nm = Newton metro

3.7.4- Potência
 É a medida do trabalho realizado em uma unidade de tempo. Como o trabalho
é o resultado do produto da força pelo deslocamento de seu ponto de aplicação,

temos:
Potência = força x distância
                      Tempo
 A potência de um motor indica que trabalho ele pode executar na unidade de
tempo.
 Por exemplo, se sua potência é de 52 HP, temos:

a) 1HP é a potência que permite deslocar por 1 metro, um corpo submetido a uma
força de 76kgf no tempo de 1 segundo.
1 HP = 76kgf . 1m
                    1s
b) 52 HP = 52 . 76kgf . 1m
                             1s
52 HP = 3952kgf . 1m
                        1s
Portanto, um motor igual a 52 HP é capaz de deslocar um objeto, utilizando
uma força de 3952kgf, por uma distância de 1 metro em 1 segundo.
As unidades de medida do torque são:
- HP = 76kgf . 1m                Horse Power
                   1s
- CV = 75kgf . 1m                Cavalo Vapor
                   1s
- W = 1N . 1m                      Watt
               1s
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SUBSISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Este subsistema tem a função de realizar os tempos de funcionamento do
motor, sincronizado com o subsistema de conjunto móvel. É constituído por vários
componentes que são:
- Cabeçote                                       - Válvulas de Admissão e Escape

- Comando de Válvulas                    - Tuchos

1- CABEÇOTE
 O cabeçote é fabricado em ferro fundido, para os veículos antigos, e ligas
leves de alumínio, para a maioria dos veículos. Ao ser instalado no bloco, o cabeçote
forma a câmara de combustão em cada cilindro do motor.
 Dependendo da marca e do tipo, o motor funciona com um ou mais
cabeçotes, instalados na posição vertical ou inclinada.

 O cabeçote é constituído de:
O cabeçote serve de fixação para as velas de ignição, guias de válvulas,
válvulas e mancais de apoio do conjunto dos balancins ou comando de válvulas.
A face inferior do cabeçote deve ser rigorosamente plana para que a vedação
da mistura seja a mais perfeita possível.
O cabeçote tem, ainda, cavidades para formar as câmaras de combustão em
conjunto com os cilindros. Essas câmaras de combustão precisam ser
hermeticamente fechadas para não haver perda de compressão. É por isso que
existe uma junta de vedação, instalada entre o cabeçote e o bloco.

A junta do cabeçote tem as funções de vedação entre o bloco e o cabeçote,
vedação de um cilindro para o outro, vedação dos dutos de óleo e água. A junta
tradicional é fabricada de amianto e recebe reforços metálicos para resistir a altas
temperaturas e pressões causadas pela combustão da mistura. Toda vez que o
cabeçote for removido, a junta deverá ser substituída.
Nos motores novos, esta junta tradicional foi substituída por uma junta toda
metálica para vedar os aumentos de compressão nestes motores e, também,
proporcionar um menor consumo de lubrificante, devido ao melhor nível de
acabamento das superfícies do bloco e do cabeçote.
1.1- Guias de válvulas
 São fabricadas em latão, ferro fundido ou aço. Têm forma cilíndrica e são
colocadas sob interferência em perfurações existentes no cabeçote. Em geral, na
parte superior encontram-se retentores de válvulas, que fazem a vedação do óleo
lubrificante que poderia vazar para dentro das câmaras de combustão.
 Como o nome já diz, sua função é de guiar as válvulas, para sua abertura e

fechamento, causando a vedação da mistura ar/combustível.
1.2- Sedes de válvulas
 São instaladas no cabeçote por interferência, ou fazem parte do mesmo. Têm
a função de, junto com a válvula, causar a vedação da mistura ar/combustível e
possuem o mesmo ângulo de inclinação que a válvula.

 São fabricadas em aços especiais para resistirem a altas temperaturas.
Como o cabeçote é uma peça grande e possui vários parafusos ou porcas
para sua fixação, no momento de removê-lo e de colocá-lo deve ser seguida uma
seqüência, que pode ser em “X” ou em “caracol”.
Exemplo:

 Obs.: Estas seqüências são ilustrações e podem ser seguidas, mas sempre se deve
verificar a seqüência recomendada pelo fabricante.
 Os tempos de funcionamento de um motor de quatro tempos acontecem
devido à ação de um comando de válvulas que é acionado pela árvore de
manivelas. Em cada uma dessas árvores existem engrenagens, que são montadas
em posições específicas para que o motor entre em sincronismo mecânico. Este é o
chamado ponto mecânico.
 Existem diversas maneiras de ligação entre as árvores de comando de
válvulas e de manivelas:
 Conforme a localização da árvore de comando de válvulas, cada motor leva
uma denominação:
- OHV: (over head valve ou válvula no cabeçote)
- OHC: (over head canshaft ou comando no cabeçote)
- DOHC: (double over canshaft ou duplo comando de válvulas no cabeçote)
1.3- Comando de Válvulas
A árvore de comando de válvulas tem as seguintes funções:
• sincroniza a abertura e o fechamento das válvulas com os êmbolos do motor;
• estabelece a ordem de ignição dos cilindros;
• é um dos responsáveis pelo limite de rotação do motor.
Esta árvore possui vários excêntricos chamados cames ou ressaltos. Em
alguns casos, além das válvulas, ele aciona a bomba de combustível e a bomba de
óleo.
É confeccionado em aço especial e apoiado em seu alojamento por meio dos
munhões. Alguns tipos de motores possuem buchas ou casquilhos entre os
munhões e os mancais de apoio. Esses casquilhos são de materiais antifricção, que
evitam o desgaste acelerado dos munhões e mancais.
Cada motor possui o seu comando de válvulas específico e através da
angulação dos cames são formados os diagramas de válvulas.
 Quando o comando de válvulas gira, seus cames acionam os tuchos,
proporcionando movimentos alternados aos mesmos. Estes transmitem os
movimentos às varetas ou, quando elas não existirem, diretamente às válvulas.
Em alguns motores 16V o comando de válvulas de admissão traz uma
tecnologia chamada de Comando de Válvulas Variável. Este recurso melhora o
enchimento do cilindro em todas as rotações. É um comando hidráulico que é
acionado através de uma válvula elétrica, controlada pela central de Injeção
Eletrônica.
Este recurso faz avançar o comando de válvulas de admissão num
determinado ângulo, melhorando, assim, o enchimento do cilindro.

1.4- Varetas e Balancins de Válvulas
As varetas são hastes longas que transmitem os movimentos dos tuchos aos
balancins e estes, para as válvulas. Cada balancim possui uma regulagem
independente através de porca e parafuso, o que possibilita periodicamente ajuste
na folga das válvulas.

O conjunto de balancins é instalado no cabeçote.
1.5- Tuchos
 São os elementos que transmitem os movimentos dos cames do comando
para as hastes de comando de balancins ou, diretamente, às hastes das válvulas.
 Podem ser instalados no bloco ou no cabeçote, depende da localização do comando
de válvulas.
 Existem dois tipos de tuchos utilizados pelos motores:
• Convencional
• Hidráulico

 No tipo convencional, teremos uma peça única e maciça.
 Já no hidráulico, teremos componentes em seu interior que visam compensar
os desgastes existentes entre as peças móveis, que acionam as válvulas e o
comando de válvulas, e melhorar o acionamento das válvulas e o rendimento do
motor.
1.5.1- Posições de Trabalho
Início de Abertura da Válvula
Abertura
Fechamento
  Os tuchos produzem ruídos quando:
• ocorre folga excessiva entre eles e as válvulas;
• baixa o nível de óleo no motor;
• ocorrem avarias no dispositivo hidráulico do tucho;
• há obstrução nas válvulas;
• há desgastes dos próprios tuchos.
Esta tecnologia minimiza o atrito do came do comando, fazendo com que o
motor ganhe em desempenho e em economia de combustível.

1.6- Válvulas
 São hastes que possuem uma das extremidades achatadas, em forma de
disco, e que se assentam perfeitamente em suas sedes no cabeçote. São instaladas

no cabeçote, no interior das câmaras de combustão. As válvulas precisam resistir a:
 Por isso, as válvulas são confeccionadas em aços especiais.
 Existem dois tipos de válvulas conforme suas funções:
• válvulas de admissão;
• válvulas de escapamento.

1.6.1- Válvulas de admissão
• Permitem a entrada da mistura de ar/combustível na câmara de combustão;
• Vedam a abertura de admissão no tempo exato de sua compressão.
 A cabeça da válvula de admissão possui um diâmetro maior que a de
escapamento para facilitar a entrada da mistura no cilindro.
 Obs.: Nos motores 16 Válvulas, principalmente os 1000 cc, acontecem casos
de as válvulas de admissão e escapamento terem os mesmos diâmetros.

1.6.2- Válvulas de escapamento
• Permitem o escapamento dos gases queimados pela combustão;
• Vedam a abertura de escapamento no tempo de compressão.
 Devido à temperatura dos gases de escape ser maior que a temperatura da
mistura de ar/combustível na admissão, as válvulas de escapamento são fabricadas
em materiais mais resistentes.
 Obs.: Em alguns casos, nos motores turbinados originais de fábrica as
válvulas de escapamento trazem em seu interior “sódio”, que permite uma melhor
dissipação de calor. Estas válvulas podem ter sua temperatura de trabalho reduzida
em até 150º C, igualando-se a uma válvula dos motores aspirados.

1.6.3- Constituição da válvula
 A válvula é formada por uma série de partes que garantem seu
funcionamento adequado:
 A cabeça trabalha dentro da câmara de combustão e, de acordo com o
formato dessa câmara, pode ser:
• plana;
• côncava;
• convexa.
 Quando a válvula não é pressionada pelo balancim ou came da árvore de
comando de válvulas, sua cabeça deve acasalar-se perfeitamente na sua sede na
câmara de combustão.
 Para esse acasalamento, a válvula tem uma faixa inclinada chamada face de
assentamento. A inclinação da face de assentamento da válvula é igual à de sua
sede para vedar completamente a saída de mistura ou de gases, quando a válvula
está fechada.
 A margem é uma faixa situada entre a cabeça e a face de assentamento da
válvula e garante que a mesma, durante um certo tempo, não se deforme pela ação
do calor da combustão.
 A abertura entre a sede e a face de assentamento da válvula ocorre pelo
deslocamento da haste nas guias das válvulas. Esse deslocamento ocorre quando o
pé da válvula é pressionado pelo balancim ou pelo came do comando de válvulas.
 O fechamento ocorre pela ação de uma mola de aço.

1.6.4- Dispositivos de montagem
 As válvulas funcionam fazendo movimentos retilíneos alternados. Por esta
razão, são montados em seus alojamentos com dispositivos que, além de aprisionálas,
lhes permitem tais movimentos. Estes dispositivos são:

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